Monday, November 28, 2011

Carol Macedo sobre o funk: 'É um universo bem distante do meu'

Carol Macedo posa para o EGO (Foto: Jessica Monstans / EGO)Carol Macedo posa para o EGO (Foto: Jessica Monstans / EGO)
Quem vê a espevitada Solange em “Fina Estampa”, não imagina que Carol Macedo, intérprete da funkeira da novela das 21h, não tem quase nada em comum com a personagem. São tão diferentes que o papel foi uma surpresa para a atriz, de 18 anos.
“Eu não achei que fosse passar no teste. Nem fiquei tão preocupada porque queriam uma menina mais velha, com mais corpo e carioca. Eu não tinha nada dos três, então pensei: ‘Vou fazer por fazer’”, revelou a paulista em entrevista ao EGO
Com o papel garantido, Carol, que diz não ter nada a ver com universo do funk, se jogou de cabeça na construção da personagem: “Comecei a pesquisar bastante, A conhecer muita coisa que eu nem imaginava: passos, danças, músicas, grupos e como são os bailes. É um universo bem distante do meu.”
A maior dificuldade foi o sotaque carioca: “Pra mim, era bem difícil. Minha língua enrolava”, conta a atriz, que resolveu o problema com exercícios e muito bate-papo com amigas do Rio.
Além da pesquisa, ela passou a ter aulas de dança e pegou pesado na musculação para ganhar mais corpo: “Tive que ganhar muita massa muscular, muita coxa, muito bumbum. Não quis exagerar. Quis deixar o corpo de uma menina encorparda, mas de 17 anos. Nada daquelas gostosonas enormes”, explica, acrescentando que engordou 9kg.
Carol Macedo posa para o EGO (Foto: Jessica Monstans / EGO)Carol Macedo posa para o EGO
Sucesso
Tanta dedicação fez de Solange um sucesso, principalmente entre as adolescentes: “Elas se veem como Solange. Não só por causa do funk, mas pela questão do pai prender e não deixar sair à noite.” O figurino também é hit: “Elas adoram as roupas. Muito brilho, muita cor, coisinhas no cabelo.”
E ela também se reconhece nas meninas: “Às vezes, estou na rua e falo: ‘Olha, aquela menina é uma Solange’ porque elas estão com saltos enormes, saia curta. Eu acho legal”, diverte-se Carol, que não considera a personagem uma periguete. “Ela é ousada. Quer ser uma estrela do funk. Gosta de cantar, de dançar, mas não é periguete”, esclarece.
Quanto ao assédio masculino, Carol costuma não dar bola para os mais engraçadinhos: “Tem sempre alguém que fala: ‘Quando você vai dançar funk? Dança funk pra mim?”, conta ela, que nunca atendeu aos pedidos.
Papéis difíceis
“Fina Estampa” é a segunda novela da atriz, que estreiou como Kelly, jovem vendida pela avó, em “Passione”: “Eu me lembro que não foi tão difícil. A Mariana (Ximenes-que vivia a irmã de Carol na trama) me ajudava bastante”.
O papel forte logo na estreia a ajudou a se preparar para o lado mais sério de Solange, que costuma ajudar a mãe Celeste (vivida por Dira Paes) nos momentos delicados em que apanha do marido (Alexandre Nero): “Eu e Dira conversamos bastante. Ela é minha segunda mãe, chamo ela de mãe o dia inteiro. Nossa relação é muito forte, e trazemos isso para as personagens. Elas são muito amigas.”
O outro lado
Apaixonada pela carreira, que a fez trocar uma festa de 15 anos por um curso de interpretação do Wolf Maya, Carol só se chateia com boatos, como o de que teria ficado com Pe Lu, integrante do Restart, durante uma premiação. “Todo mundo que se propõe a entrar nesse meio tem que estar preparado para mentiras e invasão de privacidade. Eu só fico chateada quando é alguma coisa que eu não fiz e inventam. Se eu faço, falo numa boa.”
Quem também não gosta deste tipo de comentários é Fátima, mãe de Carol, que a acompanha sempre, inclusive no dia desta entrevista. “Ela fica bem nervosa com as mentiras que aparecem, mas aí é uma questão de conversar. Eles sabem o que eu faço e o que não faço.”
Carol Macedo posa para o EGO (Foto: Jessica Monstans / EGO)Carol Macedo posa para o EGO
Ela garante que está solteira e só tem tempo mesmo para a novela: “Costumo dizer que namoro com a Solange 24 horas por dia, não tenho tempo para homem nenhum na minha vida.”
Quando “Fina Estampa” terminar em março, ela pretende começar a faculdade de cinema: “Meu sonho sempre foi fazer na Faap (em São Paulo). Mas como trabalho aqui, se tiver que ser no Rio, vai ser”, diz ela cheia da mesma certeza que a fez escolher a televisão ainda aos sete anos, quando era modelo e fazia comerciais. “É isso que eu quero. Já são 11 anos nesse trabalho, então tenho que ter muita certeza”. Como a diz letra do funk que serve de trilha para Carol: a menina é chapa-quente.

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