Friday, November 25, 2011

Fóssil de dinossauro gaúcho com 228 milhões de anos é encontrado

Corredor, bípede, carnívoro e extremamente antigo. Palavras possíveis para explicar o animal que virou um fóssil descoberto pelo pesquisador brasileiro Sergio Furtado Cabreira, em 2004. Descrito recentemente em uma revista científica alemã, o bicho só não deixa dúvidas quanto a sua "nacionalidade": ele era gaúcho, já que perambulava pela região onde atualmente fica a cidade de Agudo, no centro do Rio Grande do Sul, há longínquos 228 milhões de anos.
Expostos publicamente pela primeira vez em 2006, os restos do dinossauro foram tombados pelo Museu de Ciências Naturais da universidade gaúcha. Agora, o registro científico e a descrição do animal estão disponíveis em um estudo divulgado em 15 de novembro na revista especializada alemã "Naturwissenchaften" (ciências naturais, em alemão).
O Pampadromaeus barberenai é reproduzido acima, com penas e 1,2 m de altura. (Foto: Gabriel de Mello / Ulbra / Divulgação)O 'Pampadromaeus barberenai' é reproduzido acima, com 1,2 m de altura. As penas serviriam como proteção térmica ao animal, que talvez não sobrevivesse sem a cobertura. (Foto: Gabriel de Mello / Ulbra / Divulgação)
O nome do dinossauro dá pistas sobre o local onde habitava: Pampadromaeus barberenai. A primeira parte significa "corredor dos pampas". A segunda é uma homenagem ao paleontólogo Mário Costa Barberena.
Em entrevista ao G1, o descobridor conta que o fóssil corresponde a ossos de apenas um único indivíduo. "Parece um dinossauro que morreu há apenas meses", vibra Cabreira. "Nós temos praticamente todo o crânio, vértebras, ossos dos membros."
Os restos mortais do P. barberenai podem ser um dos mais conservados do mundo. "Os ossos não sofreram alterações de volume, comuns durante fossilizações", diz o paleontólogo da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), em Canoas, no Rio Grande do Sul.

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