Saturday, June 2, 2012

Bruno Carvalho e o Porto Canal

Todos (ou quase) sabem que Bruno Carvalho foi o "fundador" do Porto Canal. Saído da NTV (Norte TV), este projecto afirmou-se como um grito de revolta contra o poder instituído em Lisboa, isto dado a entender pelo próprio. O Porto Canal era controlado pela Media Luso, representante em Portugal da empresa Espanhola, Media Pro.

Para quem não sabe, a Media Pro é um grande grupo de audiovisual espanhol, bastante conhecido por ser uma espécie de muleta política para o PSOE, sendo até um dos grandes responsáveis por Zapatero ter-se mantido no poder espanhol durante longos anos, através do apoio deste grupo de media.

A Media Lusa, que tem como grande responsável Juan Figueroa, acabou por sair de cena do Porto Canal, após terem-se registado, no início de 2011, 3 milhões de euros de passivo, levando à inviabilidade de continuar o projecto, pelo menos com as ambições desejadas. Juan Figueroa instalou-se então, em Lisboa, onde é "patrão" indirecto de Bruno Carvalho, que é agora responsável pelos conteúdos da sucursal Lusitana.

O Porto Canal, que a partir de 2011 passou a ser controlada pela FCPORTO MEDIA, empresa criada para este efeito, vai passando as acções em bolsa para a FCPORTO MEDIA, sendo previsto o controlo total da empresa desportiva por parte dos portistas no final de 2014. Entretanto, a Media Lusa, pela mão de Bruno Carvalho, vai ainda fazendo alguma edição técnica e realização e cobertura de eventos para o canal portista.

Mas vamos lá às conspirações, que é o que vocês mais gostam... Emídio Rangel, recentemente processado pelo ministério público por dizer que os juízes não respeitam o segredo de justiça, fez uma parceria com a Media Pro, conseguindo assim retirar os direitos televisivos dos jogos da Liga Espanhola à SportTv, ficando assim ele próprio com os direitos dos jogos. A ideia inicial, segundo consta, seria transmitir os jogos no Porto Canal, isto antes de sequer se pensar em vender o canal ao FC Porto. Emidio Rangel, com o suporte da Media Pro, tinha um plano... Criar um novo grupo de media favorável ao Partido Socialista, um pouco à semelhança do que acontece em Espanha com os seus investidores. Para isso, contou com a ajuda do ex administrador da PT, Rui Pedro Soares, e fundaram a Worldcom. Esse projecto falhou, porque a própria Media Pro viu-se envolvida em vários sarilhos, levando a que o tribunal espanhol passasse a ter algo a dizer na direcção da empresa. Agora, com Emidio Rangel totalmente afastado de cena, e com quase 90% da sua reforma "penhorada" pelo estado Português, os jogos da Liga Espanhola estão entregues à... Media Capital, que comprou a Worldcom.

Neste momento, e até 2015, a TVI assegurou os direitos televisivos da Liga dos Campeões, após desistência dos outros canais generalistas, e da Liga Espanhola, "roubada" a Joaquim Oliveira.

Bruno Carvalho, continua na Media Lusa, que vai prestando serviços de transmissões televisivas, com apoio de carros de exterior e de estúdio.

Resumindo e concluindo.

Bruno Carvalho era director do Porto Canal, sob a supervisão de Juan Figueroa, representante máximo da Media Pro (investidora do Porto Canal) em Portugal. Bruno Carvalho candidatou-se às eleições do Benfica, e passado 1 mês deixou o comando do canal portuense para assumir a gestão de conteúdos, em Lisboa, da empresa que controlava o canal. Essa mesma empresa, 1 ano e meio depois, viu-se inundada de processos nos tribunais espanhóis, após garantir os direitos sobre a Liga Espanhola, e, face ao prejuízo do Porto Canal, foi forçada a vendê-lo ao FC Porto, assegurando o apoio audivisual para a continuação do projecto, mas sem interferência nos conteúdos. Essa mesma empresa, cedeu os direitos da Liga Espanhola a uma pequena empresa chamada Worldcom, de Rui Pedro Soares e Emídio Rangel, numa luta intensa com Joaquim Oliveira, a qual o director da Controlinveste perdeu. Passado uns meses, e por estarem ambos envolvidos em problemas com o tribunal, Rui Pedro Soares e Emidio Rangel venderam os direitos a Paes do Amaral, com Joaquim Oliveira a perder novamente a luta.

Com isto, podemos concluir que Bruno Carvalho, e os interesses que representa, não pactuam com Joaquim Oliveira, e que, neste momento, a Media Luso nada tem a ver com o que se vai passando nos bastidores da corrupção...

Luís Filipe Vieira, que já há algum tempo vem falando dos direitos televisivos, contava com a hipótese TVI do seu lado, para combater Joaquim Oliveira. Porque é que LFV ainda não veio falar a público sobre isso?

Judite de Sousa, representando a TVI, esteve no famigerado jantar, com Miguel Relvas, Joaquim Oliveira e Pinto da Costa.

O que se passa? Em breve saberemos...

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