Muitos acham que ter a arte marcial como uma filosofia de vida só é possível em filmes de Kung-fu ou em episódios do Kârate kid. Infelizmente o ensino das artes marciais em algumas academias foram desvinculadas da sua parte filosófica. O objetivo principal ficou restrito apenas a finalização do oponente e nada mais. A filosofia da luta, a arte da guerra a própria conduta do lutador dentro e fora do dojo é algo sem importância para alguns. Mas a filosofia unida a luta é parte muito importante para o desenvolvimento do caráter e técnico do lutador.
A clareza de pensamento no momento da luta, a mente aberta para decidir o melhor movimento ou o melhor golpe para finalizar o embate, a respiração correta ajudam o atleta a alcançar o melhor resultado em uma competição ou em treino.
O lutador tem que estar sempre com o pensamento à frente, movimentos precisos e outros delineados mentalmente como resposta a qualquer movimento executado pelo seu oponente.
Aquele que luta apenas parando o movimento do seu adversário nunca terá um desenvolvimento técnico e dificilmente terá grandes vitórias.
Aprender ou “entender” o Jiu-Jitsu apenas como uma rotina de golpes e movimentos é reduzir em muito a nossa Arte Suave. Unir à filosofia marcial a técnica é ampliar o conceito da arte marcial que abraçamos e vivemos. Não é por acaso que o Jiu-Jitsu também é chamado de “xadrez do corpo”. A arte da guerra de Sun Tzu já foi levada para o mundo empresarial com o título “A arte da guerra para os homens de negócios”. Mostrando a importância do intelecto nas lutas.
A filosofia tem que caminhar junto do lutador desde o seu início na faixa branca como em todos os momentos em sua evolução até a tão desejada faixa preta. E na faixa preta o estudo continua o aprendizado é incessante, cada dia no dojo sempre surgem novas situações que necessitam ou originam reflexões e um exercício mental para avaliar o que fazer.
Quando um lutador deixa o medo ou a raiva dominar sua mente, ela pára e ele se torna um alvo fácil para sofrer até uma finalização inesperada. Os samurais foram os primeiros a perceberem esse fator tão importante que é o equilíbrio da mente diante do combate.
Creio que o lutador deve ser a união de tempo de treino, habilidades técnicas, físicas e o conhecimento da filosofia da sua arte marcial.
Mais um tópico que vale ler de meu amigo e mestre Luiz Dias da GÀS Jiu-Jitsu
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