A primeira vez que vi Michael Jackson pessoalmente foi no Harlem, Nova York. Michael estava lá para fazer uma manifestação contra Tommy Motolla e a Sony Records. A coletiva de imprensa foi realizada no escritório de Al Sharpton.
Sabendo do forte esquema de segurança e do assédio dos fãs, eu decidi que arranjaria um jeito de entrar no prédio antes da chegada de Michael, na esperança de me esconder em algum lugar lá dentro para vê-lo ao menos de longe. Encontrei o que parecia ser um lugar seguro, parecia ser uma sala em construção ou reforma. Resolvi que entraria num armário daquela sala antes que Michael fosse conduzido à tal.
Com certeza, os meus instintos estavam certos e meu plano funcionou, já que Michael logo chegou com sua comitiva de seguranças. Eu era corajoso o suficiente para passar por todo aquele esquema de segurança, então, saltei do armário e quase fui posto pra fora da sala.
Mas foi o próprio Michael que, rapidamente, acalmou os seguranças e disse: “Está tudo bem, eu quero tirar uma foto com ele”.
Meu segundo encontro com Michael aconteceu em 2003, em Beverlly Hills, Califórnia, quando soube que ele estava indo fazer compras na Santa Monica Boulevard. Normalmente, Michael iria à loja depois de avisar aos funcionários sobre sua ida e, então, o estabelecimento fecharia as portas temporariamente para sua proteção e privacidade.
No entanto, eu sabia que, se você estivesse na loja ANTES da chegada de Michael, certamente não seria convidado à sair. Por isso, fui correndo para a tal loja pouco antes de Michael chegar com seus filhos.
Uma vez dentro da loja, Michael não apenas me deu vários autógrafos e tirou algumas fotos comigo, como também veio ao meu socorro de novo! Eu deixei a loja por um breve momento para pegar uma guitarra que estava no meu carro e que queria muito que Michael a autografasse. Quando tentei retornar ao estabelecimento, o porteiro me impediu. De alguma forma, eu consegui chamar a atenção do Michael e, imediatamente, a porta foi aberta, ele me chamou e autografou minha guitarra. Tudo isso foi filmado pela Entertainment Tonight e por outros programas.
Contudo, não se passaram muitos anos até que eu realmente começasse a cultivar uma relação com Michael e sua grande equipe de seguranças e assistentes. Em outubro de 2008, Michael Jackson se mudou de sua casa em Las Vegas para Los Angeles, para a preparação de sua turnê This Is It. De outubro à janeiro, Michael ficou hospedado no hotel Bel Air, e depois foi para a que seria sua última casa, em Holmby Hills.
De outubro até – eu ainda não consigo acreditar – seus últimos dias, em junho de 2009, dediquei grande parte do meu tempo para ir à procura de Michael. Desde o primeiro dia de audiência para a escolha dos dançarinos – realizado num pequeno estúdio em Van Nuys – até os ensaios diários que aconteciam em Burbank, e seus passeios de compras que variavam de Barnes & Nobles (*grande rede de livrarias) a Westwood, e suas idas à lojas de roupas e de artigos colecionáveis em Los Feliz e West Hollywood – eu sempre estava lá para dar presentes e lembranças a Michael, os quais ele adorava receber.
Em abril de 2009, o próprio Michael me perguntou se poderia pegar emprestados alguns cartazes que eu tinha levado para que ele autografasse. Na ocasião, ele os queria para decorar a festa de aniversário de sua filha, Paris. É claro que eu permiti, e posso dizer que Michael realmente apreciou o meu gesto.
Michael adorava ser seguido por seus fãs, e isso o fazia perceber que ainda se importavam com ele, o que é triste, já que ele sempre cuidou de tantas pessoas. Michael me dizia o quanto gostava das fotos, álbuns raros e pôsteres que eu levava para ele autografar. Além disso, eu adorava pesquisar sobre as paixões dele, como a que ele tinha pelas músicas de instrumentos de cordas (violão, harpas, violinos, pianos), então, eu o presenteava com álbuns raros de artistas que eu sabia que ele apreciava. De acordo com o seu chefe de segurança, Michael estava interessado em me contratar para que eu trabalhasse em alguma área de pesquisas.
No início de junho do ano passado, mais uma vez, eu consegui dar o meu jeitinho para entrar numa loja (‘Ed Hardy’, de Christian Audigier, na Melrose Avenue) pouco antes de Michael chegar. Eu estava usando uma jaqueta como a de Beat It e queria que Michael a autografasse. Depois, MJ chegou com seus filhos, um dos seguranças me reconheceu e disse aos funcionários da loja que eu poderia ficar lá.
Com centenas de fãs e paparazzis do lado de fora, causando engarrafamento no trânsito da Melrose Avenue, eu estava lá dentro com Michael, tirando outra foto e ganhando um belo autógrafo em minha jaqueta, enquanto as câmeras do TMZ e outras emissoras nos gravavam.
Por ter tido tantas experiências maravilhosas com Michael e por ser muito sortudo de poder estar perto dele poucos meses antes de seu falecimento, eu resolvi compartilhar minhas preciosas histórias ao invés de deixá-las “engavetadas”. Estou orgulhoso por ter adquirido e preservado durante essa última década a maior coleção de itens autografados pelo grande Michael Jackson.
Por Bryan Ulrich
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