A Perestroika do Sporting

No blog Da Rússia, o caro amigo José Milhazes, a quem mando um abraço caloroso, abordou um tema que já foi discutido nos media durante os últimos dias com o enfoque, claro está, no Sporting. 

Eu tinha "ouvisto" qualquer coisa sobre um investidor Russo no Sporting, mas não sabia quem era. Ao ler a crónica  no blog do Milhazes (visita diária aqui do tasco) percebi a dimensão da coisa. 

Prokhorov, o tal investidor a quem vamos amigavelmente chamar de Poko, representa no seu país a alternativa a Vladimir Putin, pois é um dos poucos que não estão ligados a ideias ultra-nacionalistas. Como é óbvio, explica-nos Milhazes, estamos a poucos dias das eleições na Rússia e os Russos nunca olhariam com bons olhos um presidente que investisse na Europa em detrimento da sua pátria natal. Logo, Poko já veio desmentir que estaria interessado em investir no Sporting, clamando isso como ridículo...

Prokhorov no programa 60 minutos

Os testas de ferro do Sporting, com essa tentativa desmedida de reconstruir o clube à sombra da Perestroika, podem ter condenado o clube a uma eterna repulsa por parte de investidores de leste. 

A tentativa desconcertante de arranjarem um investidor Russo, após as pretensões de Bruno Carvalho, parecem-me ridículas, não querendo dizer com isso que não as compreenda, pois é onde está grande parte do dinheiro que se esfumou da união europeia. 

Mas será que Poko serve para o Sporting, quando não servirá para milhões de Russos, fartos da censura de Putin, que mesmo assim preferem manter-se silenciados do que ter alguém que construiu toda a sua fortuna através da Máfia, como é o caso do próprio Poko? Putin vencerá as eleições, com muito custo para os Russos que vão votar nele, mas preferem manter a integridade a ter que contribuir para o engrandecimento de uma pessoa que não é justa nem honesta, como é o caso de Poko.

Espero que com isto, tanto Sportinguistas como Benfiquistas, que têm por essas caixas de comentários fora clamado que precisam de investigadores (como Marinho) ou de informadores, pensem bem no que estão a dizer, especialmente quando ressuscitam nomes como o de José Veiga ou de Rui Casaca. 

Nem tudo vale meus amigos, nem tudo vale. 

Abraço.