Pobreza, fome, doenças, estes são fatores que delineiam a imagem da sociedade atual, mas quem nos dera se esses fossem os únicos ou piores dilemas de nossas vidas!
A verdade nua e crua dessa realidade entorpecida que vivemos, ou melhor, acreditamos viver, é outra.
O grande problema do mundo é o homem... São como abutres famintos, sempre na espreita para abocanhar e destruir uma vida.
Crianças, jovens e adultos morrem todos os dias, não de fome, eles estão envoltos a essa alucinação moderna e atrativa causada pelas drogas. Entregam-se facilmente a prazeres momentâneos e acabam sempre do mesmo jeito, estirados em uma esquina com os corpos completamente metralhados.
Há uma guerra acontecendo, não está na frente de seus olhos e sim dentro de você... Você vê todas essas atrocidades acontecerem a sua volta e tudo que consegue dizer é... “Não acontece comigo mesmo!”.
É! Acho que ficou bem claro aonde quero chegar...
Enquanto escrevo esse texto, uma criança é espancada pelo pai que chegou estressado do trabalho. Um jovem acaba de ser assassinado na saída do colégio, porque foi confundido com um bandido qualquer. Neste momento, seu vizinho chora desesperado, sem emprego, ele não sabe mais o que fazer, não tem o que comer e tem filhos para criar... Enquanto isso, você joga fora a comida que sobrou do almoço, mas que também serviria para alimentar seu vizinho e a família dele.
Neste exato instante, meu pai aos 49 anos, trabalha duro na construção de um prédio do governo, enquanto 100 milhões de reais estão sendo enfiados na cueca de um deputado que certamente irá usar o prédio no qual está trabalhando meu pai, como base de operações para uma nova série de assaltos aos cofres públicos.
É inevitável! Estamos completamente entregues a miséria, não a miséria material, vivemos uma miséria interior. Afinal, para que me preocupar com o outro se tenho a mim para me preocupar?! A questão é... Preocupamos-nos tanto com luxo, estética e outras banalidades que não conseguimos enxergar as necessidades do nosso próximo.
Verdadeiros miseráveis é o que somos. Mesmo que involuntariamente, pensamos mais em nós mesmos que acabamos por perder um tempo precioso em viver a partilha.
Marcante não é o que foi feito e sim o que foi deixado... Deixemos então, a marca de uma existência rica e pura. Lembrando que riqueza não significa ter status ou fama, mas sim, que não é preciso possuir valores físicos, o essencial é atribuir valores éticos, a si mesmos e ao próximo, isso é riqueza, riqueza de alma.
Foto: http://migre.me/zTIg
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