Friday, June 18, 2010

Prisão perpétua?



Jovens constantemente vigiados, essa é uma das ações dos pais super protetores. Esse tipo de comportamento é comum em famílias de diferentes classes sociais. As razões para tanta vigilância são bastante plausíveis, o mundo onde vivemos, infelizmente, está poluído por vários tipos de violências, que acabam gerando diversas preocupações nos responsáveis pelos jovens. Essas preocupações se tornam ainda maior quando se tem a tarefa de educar um jovem.

A vigilância dos pais pode se tornar um problema, quando eles começam a excluir os filhos da sociedade, ao fazer com que fiquem aprisionados em casa, sob seus olhares. Os pais, com as melhores das intenções, constroem um mundo seguro para seus filhos na própria casa, mas não se dão conta que mais cedo ou mais tarde eles terão que viver no mundo, onde não existe a proteção paternal.

Existe jovens que estão tão influenciados com essa situação que não sabem agir longe dos pais, até mesmo o ato de amarrar os sapatos pode ser uma tarefa difícil. A principal conseqüência da super proteção é que ela tende a formar um adulto despreparado para a vida. Isso ocorre devido os pais estarem sempre presentes facilitando tudo para seus filhos.

Segundo a revista Veja, edição de numero: 2160, 14 de abril de 2010, na casa da família paulista Toscano, cada passo de Matheus, de 13 anos, é dado sob o olhar atento dos pais. Fazer trabalho na casa dos amigos, nem pensar. Só há pouco tempo o garoto recebeu autorização para esquentar a própria comida no micro-ondas. A mãe sugeriu que ele lavasse o prato depois do almoço, mas o pai não permitiu: "Ele tem medo que o Matheus se corte. Até hoje meu marido amarra o tênis do filho antes de jogar futebol".

Aparentemente, um jovem sobre a vigilância da sua família está mais seguro, mas a super proteção pode ser uma ameaça para o bom desenvolvimento. Uma das formas é proporcionar ao adolescente a liberdade necessária em cada momento de sua vida. É hora de deixá-lo tomar as rédeas e ser protagonista de sua própria história. Contudo, não deixe de manter-se alerta!

Foto: http://migre.me/Q6vq

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